quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Desenvolver Auto-consciência (parte 2)


Auto- avaliação
Uma competência essencial para desenvolver auto-consciência é a auto-avaliaçãoA auto-avaliação permite-nos compreender os nossos talentos, as nossas forças, e usá-los a nosso favor, enquanto melhoramos a nossa Inteligência Emocional (IE)

Por outro lado, permite-nos reconhecer os nossos pontos fracos. Isto significa que nos dá a consciência necessária para encetar esforços no sentido de treinar ou aprender as aptidões de que precisamos, para atingir os nossos objectivos.

Adopte uma Atitude Reflexiva
Pense um pouco.

Está consciente das suas forças e das suas fraquezas?

Se a resposta imediata, na sua cabeça, foi “sim, claro!” então pense de novo. A resposta a esta pergunta exige reflexão contínua, com base nos resultados diários das nossas actividades.


Os resultados, que obtive hoje, estão de acordo com as minhas expectativas? O que poderia ter corrido melhor? O que me impediu de obter melhores resultados? O que vou fazer diferente da próxima vez?


Este tipo de questões permite-nos aprender com a experiência e fazer uma aproximação sucessiva à competência de auto-avaliação.

Peça feedback 
Outra forma poderosa de melhorar a nossa auto-avaliação é pedir opinião aos outros sobre o nosso desempenho.


Tome o cuidado de escolher pessoas que serão honestas na sua avaliação e mantenha uma atitude aberta e de escuta activa. Lembre-se de que, se não aceitar bem as críticas, perde a oportunidade de aprender e da próxima vez não terá uma opinião sincera.

Quando pedir feedback, tente sempre recolher o máximo de informação. Pergunte “em que situações?”, “especificamente em quê?” “como fiz, exactamente?” “como deveria/poderia ter feito?”

Se a opinião da outra pessoa não estiver de acordo com a sua expectativa ou com os seus esforços, tenha em atenção que o que efectivamente conta, não é a nossa intenção, é aquilo que os outros interpretam do nosso comportamento.

Se a minha intenção é ser simpática com outra pessoa, mas ela acha que eu sou antipática, então é porque não usei os comportamentos adequados ao meu objectivo. Avalie o que pode fazer melhor e volte a experimentar, até conseguir obter o resultado que ambiciona.

Mantenha a mente aberta
Para fazer uma auto-avaliação honesta é obrigatório manter a mente aberta, aceitar outras formas de ver as coisas, aceitar que há pessoas com perspectivas do mundo diferentes das nossas. Talvez seja isso que lhe está a fazer falta.

Que tal experimentar ver o problema por outra perspectiva? Que tal focar-se numa forma diferente de fazer as coisas? Ter muitas certezas cega-nos a capacidade de aprender e evoluir.

Use o sentido de humor
Quando cometemos um erro não precisamos de desistir, de achar que toda a gente vai pensar mal de nós, que não somos capazes…Só não erra quem não tenta. De facto “se quer uma receita para o sucesso, duplique a sua taxa de fracassos” - Thomas J. Watson. 




Use o seu sentido de humor, seja capaz de se rir de si próprio e das suas desastrosas tentativas de sucesso, é uma boa forma de manter a serenidade e seguir tentando até acertar.

Enfrente e ultrapasse os obstáculos
1.  Não tenho nenhum talento”
Um obstáculo comum à auto-avaliação é considerarmos que não temos nenhum talento, nenhum ponto forte. Na verdade todos nós temos forças, por vezes, estamos tão habituados a elas que não lhe damos a devida importância.

Os seus talentos são as coisas que faz normalmente com tanta facilidade e prazer que parte do principio que é assim para todas as pessoas. Pense de novo!

Quais são os seus TALENTOS? (escreva pelo menos 5)

2. "Não tenho fraquezas ou defeitos”
O segundo obstáculo comum é considerar que se é perfeito. Normalmente este obstáculo vem disfarçado com desculpas, racionalizações, filtros, minimizações: “não tive culpa”, “foi sem querer”, “não tive tempo”…

Esta atitude funciona como uma defesa para o desconforto de aceitar os nossos erros. Quando descobrir um padrão de comportamento em que lida repetidamente mal com uma dada situação ou pessoa, lembre-se de que isso é um sinal claro dum ponto fraco seu.

Quais são as suas FRAQUEZAS?

Dessas fraquezas escolha uma para mudar. Defina o que quer mudar e como o vai fazer. Experimente durante esta semana, de forma sistemática.

Conclusão
Quando estamos empenhados num processo de aprendizagem e desenvolvimento emocional, temos necessidade de olhar para nós com honestidade, forçarmo-nos a sair da nossa zona de conforto e procurar intencionalmente reacções à nossa actuação.


Partilhe aqui os seus resultados.

Sem comentários:

Enviar um comentário